domingo, 11 de julho de 2010

Enquanto odeio te amar

Faço-lhe uns versos bêbados
Com ódio do seu amor
Depuro que assim
Com muito rancor
Me enveneno por ti
Prolongando essa dor
Gozo na tua falta
Fico no teu amor
Até que alguém me tome olhar
e me permita o descanso no prazer.
Assim, não precisarei mais da agenda do msn;
das solidões dos bares; da esperança de que toque o telefone;
do acaso enquanto ando pelas ruas, entro nas lojas, paro nos jornaleiros.
Enquanto odeio te amar estou cheio de vida, cheio de desejo de nunca mais te amar.

3 comentários:

  1. Que pulsão de morte é essa que jaz do outro lado da moeda do amor?

    Não é nada mais que vida... pedaços de vida que tecem o ser... (por mais espantoso que possa soar)

    Bjos n'alma, querido!

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  2. ''Gozo na tua falta
    Fico no teu amor''
    Traduz tanto essa contradição que é amar e odiar amar... E quantas foram as vezes que o ódio foi o único tônico da vida...Milhares!
    Abraço.

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